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Especial

Um legado de cooperação com a natureza

Trabalho de conservação da Mata do Uru, encabeçado pelo Grupo Positivo, multiplica ações de cuidado ao meio ambiente fundamentais no mundo atual

O mundo vem testemunhando catástrofes naturais cada vez mais frequentes. Dados apontam a evolução constante do desmatamento de florestas e áreas naturais ao redor do mundo, que tem como consequência a perda da diversidade biológica, como fauna e flora. Ciente desta triste realidade, o Grupo Positivo, a partir da liderança da Posigraf, decidiu fazer sua contribuição e desde 2003 se tornou mantenedor da Mata do Uru – uma Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN), localizada no município da Lapa (PR), muito bem preservada e constitui um dos últimos remanescentes de florestas com araucárias em bom estado de conservação no estado do Paraná.

São 129,6 hectares que abrigam Floresta com Araucárias e Campos Naturais e que, ao lado do Parque Estadual do Monge (330 hectares), também bastante conhecido na Lapa, formam um importante contínuo de áreas naturais protegidas. A adoção da Mata do Uru foi a primeira ação ambiental de grande relevância realizada no Grupo Positivo.

Proteger e conservar a biodiversidade, mais que uma obrigação moral, é uma necessidade para garantir a qualidade de vida das futuras gerações. Reconhecer o impacto que causamos com nossas atividades é o primeiro passo. Porém, mais do que tomar consciência, temos que agir e dar o exemplo. Assim, adotar práticas sustentáveis e inovar para reduzir esse impacto é o segundo passo, e estamos firmes nesse caminho. Finalmente, sendo uma empresa de educação, temos que habilmente promover uma forte conscientização ambiental para nossos colaboradores e alunos, evoluindo sua conduta no dia a dia. Assim multiplicaremos nosso alcance e resultados na defesa do meio ambiente, que em última análise, nada mais é que zelar pela qualidade de vida de nossa sociedade hoje e sempre. Não se trata de salvar o planeta, mas de salvar o próprio homem.

Lucas Guimarães, presidente da Positivo Educacional

A Mata do Uru guarda uma história cheia de curiosidades. De 1985 a 2003, ela foi cuidada por um ermitão chamado Gabriel Campanholo, que vivia no meio da floresta acompanhado apenas de um cachorro e uma arma usada com a única intenção de afastar possíveis invasores que gostavam de adentrar a área para coletar pinhão. Gabriel herdou a área de seu pai, Ari Campanholo, que a adquiriu em 1950, com a intenção de preservar o remanescente ali existente, quase intocado. Durante os quase 20 anos em que morou na fazenda, o Sr. Gabriel efetivou práticas conservacionistas, entre as quais o plantio de espécies nativas produzidas na própria área.

Além disso, ele se correspondia com pessoas do Uruguai e da Argentina, com as quais trocavam sementes de Araucárias, o que propiciou o desenvolvimento de uma interessante biodiversidade genética da espécie. “O Sr. Gabriel amava e cultuava aquele espaço. Para aqueles que o conheceram e conviveram com ele, poderia, sem dúvida, ser considerado um ambientalista, porque ao entender a importância da biodiversidade, em especial da Mata de Araucária, protegia a área de qualquer tipo de ameaça”, recorda-se a diretora do Instituto Positivo, Eliziane Gorniak. Ela conta que o Sr. Gabriel sabia da importância de manter o pinhão no solo para a saúde da fauna e da flora.

Infelizmente, o Sr. Gabriel não chegou a ver sua propriedade se tornar uma RPPN e, assim, ter sua preservação garantida por lei, pois infelizmente ele faleceu poucos meses antes de isso acontecer, em 2004. De fato, o destino da área após sua morte era uma preocupação constante para ele. Por sorte, embora não tenha chegado a assinar o contrato, ele se alegrou quando, em 2003, o Grupo Positivo, por meio da Posigraf, e o Instituto de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS) se uniram para investir e assessorar a área para sua proteção, mantendo a família Campanholo como proprietária. Desde então, são mais de 20 anos ininterruptos de parceria.

Com o surgimento do Instituto Positivo, em 2012, a Mata do Uru passou a ser olhada de uma forma mais abrangente. “A gente observou outras possibilidades para essa área além de mantê-la protegida”, comenta Eliziane. Pouco tempo depois e com os investimentos realizados pelo Grupo Positivo, ela se tornou um local preparado e apropriado para estimularmos a que nossos alunos e a comunidade tenham a oportunidade de visitá-la e compreender a importância da preservação da biodiversidade por meio da educação ambiental: “Revitalizamos uma trilha; abrimos as portas para a visitação de escolas públicas e privadas; contratamos profissionais especializados para conduzir a visitação; montamos uma ‘Calçada da Fauna’, com marcas dos principais bichinhos identificados na área; e instalamos painéis com informações educativas relevantes sobre a área no contexto da preservação da biodiversidade”, complementa a diretora.

Ainda, a pequena casa que era do Sr. Gabriel teve um espaço transformado em museu, em que os escritos, as cartas, fotografias, as pedras e os demais objetos que ele coletava estão preservados. Outra novidade foi a construção de um quiosque com ótima infraestrutura, que pode ser usado para aulas ou pesquisas e observações, até mesmo para aqueles pesquisadores que desejam pernoitar. Vários deles, inclusive, desenvolveram pesquisas superinteressantes sobre a reserva e os seres que a habitam.

Curiosidade:

Em uma dessas pesquisas, foi descoberta a existência de espécies de cogumelo únicas da Mata do Uru, graças à qualidade da biodiversidade da terra. Trata-se de um tipo de cogumelo que se desenvolve embaixo das raízes das Araucárias e que tem uma série de propriedades.

Muitas dessas pesquisas são desenvolvidas com a ajuda de armadilhas fotográficas, as quais, associadas a trabalhos de busca ativa e análise de vestígios, viabilizam o diagnóstico dos grupos faunísticos. Esse monitoramento leva os pesquisadores a entenderem quão rica e biodiversa é a Mata do Uru, uma vez que já foram localizados inclusive animais de grande porte que há anos já não eram mais vistos no Paraná. Confira neste vídeo, publicado no canal do Instituto Positivo no YouTube, o registro de vários animais silvestres feito por armadilhas fotográficas.

O modelo de contrato para a conservação da Mata do Uru, a partir do qual a família continua sendo proprietária da área e o Positivo entra como apoiador financeiro e a SPVS como agente técnico, inspirou uma legislação no estado do Paraná: a Lei n.º 14.119, que institui a Política Nacional de Pagamento por Serviços Ambientais (PNPSA). Esse documento estabelece que áreas bem conservadas recebam recurso do ICMS do estado, para ajudar na continuidade do trabalho ambiental.

Ou seja, a Prefeitura dos municípios que apoiam pessoas a terem essa iniciativa de cuidar de áreas que constituem RPPNs recebe uma parte do recurso do ICMS do estado, para ser investida no que for necessário para sua manutenção. Portanto, a lei surge como uma forma de incentivar o apoio dos municípios a proprietários que tenham áreas verdes e que queiram transformar essas áreas em reservas naturais e, como consequência, preservá-las.

“Em 2015, o então diretor-geral da Posigraf, Giem Guimarães, recebeu do governador do estado, Beto Richa, um certificado como reconhecimento por termos criado esse modelo de contrato que inspirou a elaboração e promulgação da lei”, diz Eliziane.

A Mata do Uru representa também um trabalho dedicado que fez da Posigraf a primeira gráfica a receber a certificação Life, que reconhece em amplitude internacional organizações que incluem a conservação da natureza na gestão corporativa. A certificação foi recebida, em 2014, durante a CP12, a 12ª Conferência das Partes da Convenção da Diversidade Biológica na Coreia do Sul. O Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) concede a certificação Life de forma independente.

A certificação foi elaborada por um grupo de especialistas reconhecidos em biodiversidade e também por um grupo de profissionais da Posigraf, O Boticário e da Itaipu.

Foram anos de trabalho, com a elaboração de todos os requisitos, até que o Tecpar, um agente externo, virou o organismo certificador, garantindo total isenção no processo de certificação que foi realizado em seguida”, explica a diretora do Instituto Positivo. Ela destaca que a conquista da Life veio para autenticar nossas ações de conservação da biodiversidade, com a certificação foi possível medir os impactos negativos que a atividade de impressão de materiais exerce sobre a biodiversidade e compará-los ao desempenho positivo das ações de conservação implementados pela Posigraf.

O trabalho desenvolvido na Mata do Uru constitui a primeira iniciativa ambiental realizada no Grupo Positivo, e a partir dela vieram muitas outras. Confira algumas:

Selo Carbono Zero: garante aos clientes que o material impresso teve suas emissões de gases de efeito estufa compensados por meio de soluções baseados na conservação do bioma Mata Atlântica.

Reciclagem de material didático: por meio do programa Logística Reversa, os colégios do Grupo Positivo promovem o descarte e a destinação corretos dos livros e materiais de papel utilizados pela comunidade escolar – e o valor gerado nesse processo é aplicado em projetos ambientais e educacionais.

Dois desses projetos envolvem a revitalização de uma creche em Curitiba e a de um parquinho de uma creche em Ponta Grossa.

Arquitetura sustentável: o International Positivo School possui a certificação LEED, o que significa que sua construção é ambientalmente responsável, proporcionando, por exemplo, economia e reaproveitamento no consumo de água e energia.

Sistema de Gestão Ambiental: a maioria das unidades dos colégios possuem um Sistema de Gestão Ambiental (SGA), que as permitem desenvolver e implementar políticas e práticas ambientais.

Em 2015, o Instituto Positivo devolveu a administração da Mata do Uru para a Posigraf, que é a empresa do Grupo Positivo mais ativa em projetos ambientais.

Além das certificações ISO 14001, e a Life que autentica nossas práticas de gestão ambiental e da conservação da biodiversidade, a gráfica obteve o reconhecimento da Forest Stewardship Council (FSC®), garantindo que todo o papel utilizado no processo de impressão seja proveniente de florestas plantadas e com manejo responsável.

Em 2022 se tornou uma empresa lixo zero, que garante que todos os resíduos são destinados, priorizando a maior circularidade no mercado. Nesse mesmo período, se tornou a primeira gráfica brasileira a neutralizar as emissões de carbono (escopo 1 e 2) do seu processo de impressão. Foi reconhecida em 2023 pelo prêmio Selo Sesi ODS pelas iniciativas alinhadas a agenda 2030.

Ficou curioso para conhecer a Mata do Uru? Você pode fazer um tour virtual no site www.matadouru.com.br.

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