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Educação em Foco

De olho nos rumos da Educação

Nossa equipe pedagógica dos colégios do Grupo Positivo falam a respeito das perspectivas para o projeto educacional no ensino básico

Educação em Foco

De olho nos rumos da Educação

Nossa equipe pedagógica dos colégios do Grupo Positivo falam a respeito das perspectivas para o projeto educacional no ensino básico

A Revista Positivo ganha um novo espaço de diálogo e reflexão sobre o desenvolvimento e os desafios do plano de ensino para nossas unidades. E, para a estreia, convidamos a gerente-geral do Centro de Inovação Pedagógica, Pesquisa e Desenvolvimento dos colégios do Grupo Positivo (CIPP), professora Maria Fernanda Suss, e um time de coordenadores do centro pedagógico para uma conversa.

Maria Fernanda Suss, gerente geral no CIPP.

Ana Paula Teixeira, coordenadora de Ensino Bilíngue no CIPP.

Hannyni Mesquita, coordenadora de Educação Infantil no CIPP.

Lucas Souza, coordenador de Tecnologia Educacional no CIPP.

Marilda de Souza, coordenadora de Formação Docente no CIPP.

Na entrevista, falamos sobre os principais desafios enfrentados no cenário educacional e sobre como atuamos para superá-los. Confira:

Revista Positivo (RP) – A constante busca por novidades e a evolução de nossa abordagem pedagógica geram uma atmosfera que impulsiona os estudantes em uma jornada de aprendizagem efetiva, em um ambiente propício à inovação e à adoção de novas metodologias. Buscamos desenvolver em nossos alunos uma visão global, com foco em habilidades que os levem a se desenvolver integralmente. Como estamos atuando para promover essa realidade?

Maria Fernanda Suss (MF) – Atuamos na promoção do desenvolvimento de habilidades em nossos estudantes, preparando-os para enfrentar futuros desafios como cidadãos ativos e críticos. Utilizamos práticas como aprendizagem baseada em projetos, debates em grupo e simulações, levando o conhecimento teórico a situações práticas e desenvolvendo resolução de problemas, adaptabilidade e pensamento crítico. Oferecemos um currículo personalizado, incluindo itinerários formativos e atividades extracurriculares.

Outro aspecto importante é a internacionalização do ensino, que permite que nossos estudantes ampliem sua visão de mundo, estimulando a compreensão intercultural, por meio de um currículo internacional inovador, parcerias com instituições internacionais e intercâmbios. Tudo isso sem deixar de lado o olhar cuidadoso para a formação contínua dos professores. Profissionais bem preparados são essenciais para implementar metodologias adequadas e acompanhar as demandas de um mundo em constante transformação.

RP – A inovação é estrategicamente fundamental no âmbito da educação. Por isso, trazemos a tecnologia e a cultura maker para os estudantes desde a Educação Infantil, com ênfase em projetos nas aulas em língua inglesa, levando em conta a importância do bilinguismo, que tomou conta de nossas escolas. Diante disso, surge a seguinte questão: quais são as próximas tendências em práticas pedagógicas que contemplem o bilinguismo e as ações mão na massa, considerando perspectivas globais?

Ana Paula Teixeira (AP) – Avanços tecnológicos, cultura maker e bilinguismo estão interligados. Em nossa abordagem bilíngue, a língua inglesa é vista como uma ponte para a comunicação e o acesso a diversos conteúdos. Desde a Educação Infantil, a metodologia de trabalho por projetos contextualiza o uso do inglês respeitando e significando o conhecimento prévio de nossos estudantes, que, na busca por responder a grandes perguntas que eles próprios criam, com a mediação de seus professores, colocam a mão na massa, elaboram hipóteses e aplicam seus conhecimentos no mundo que os cerca.

Nosso currículo global inclui colaborações internacionais, usando a tecnologia para expandir horizontes e entender diferentes culturas. Vemos como essencial a inovação com criticidade, desenvolvendo habilidades linguísticas, cognitivas, sociais e empreendedoras nos alunos, capacitando-os para compreender e se colocar perante essa nova sociedade que ainda não conhecemos por completo.

RP – Recentemente, a equipe do CIPP foi à Itália para entender melhor o funcionamento educacional e as práticas pedagógicas do país. O que aprendemos por lá e como isso se relaciona com nosso currículo?

Hannyni Mesquita (HM) – Durante nossa visita, reafirmamos a importância de investir na infância como um período precioso para o desenvolvimento humano. Presenciamos a valorização das diversas formas de linguagem que compõem a essência do ser humano – a qual dialoga com nosso currículo, especialmente o da Educação Infantil – e a estrutura pedagógica que evidencia a criança como sujeito de direito que produz conhecimento e precisa ser valorizada em um ambiente que abrace as diferentes linguagens.  Outro ponto de destaque se refere ao processo de formação continuada realizada nessas escolas e o trabalho dos professores em pesquisas e trocas de conhecimento, questões que acreditamos e buscamos diferentes maneiras de realizar. Observamos também como a organização dos ambientes (com diálogo entre a estética, a arte e a natureza) revelam a intencionalidade pedagógica do currículo e promovem aprendizado, desenvolvimento e autonomia das crianças.

RP – Há alguma prática realizada por lá que já acontece aqui em nossos colégios?

HM – A elaboração de documentações pedagógicas para dar visibilidade ao pensamento das crianças e suas hipóteses e o trabalho em pequenos grupos, com estações pedagógicas que abordam diferentes linguagens, buscando respeitar o ritmo de aprendizagem das crianças, são rotinas já realizadas por aqui. Mas as experiências italianas mostram ainda mais possibilidades de investigação e exploração. Além disso, a formação continuada de nossas equipes docentes já acontece com todos os professores de maneira periódica e estruturada, promovendo a formação de comunidades de aprendizagem.

RP – Vivemos tempos de mudanças constantes em decorrência dos avanços tecnológicos. Como a tecnologia vem sendo trabalhada em nosso currículo?

MF – Nossos alunos têm vivenciado experiências tecnológicas enriquecedoras, desde o uso de plataformas educacionais até interações entre estudantes de nossas unidades e com estudantes de outros países e culturas. Esses são alguns exemplos de experiências tecnológicas vividas por nossos estudantes, que enriquecem ainda mais o processo de aprendizagem por meio do desenvolvimento de habilidades de comunicação e socioemocionais e proporcionam a exploração consciente dos recursos tecnológicos.

Para que essas experiências sejam efetivas, é fundamental que a implementação da tecnologia no currículo seja planejada cuidadosamente, prevendo a devida formação dos professores e, assim, garantindo que seu uso seja significativo para o processo de aprendizagem dos estudantes. Além disso, as ferramentas tecnológicas permitem a avaliação do desempenho dos alunos, facilitando melhorias contínuas no currículo.

RP – Quais são os desafios que a tecnologia traz para a sala de aula?

MF – Um dos principais desafios é evitar a dependência excessiva da tecnologia em detrimento da interação humana. A tecnologia deve ser vista como uma ferramenta complementar ao ensino e não como um substituto para a interação entre professor e estudante. A educação humanizada, requer um equilíbrio entre o uso da tecnologia e a valorização das habilidades sociais e emocionais desenvolvidas por meio da interação pessoal.

Com a formação adequada dos professores, o estabelecimento de limites sensatos para o tempo de tela e o enfoque na aprendizagem significativa e, especialmente, na relação entre professor e aluno, é possível integrar a tecnologia de maneira positiva e manter uma educação humanizada nas escolas. A tecnologia, quando utilizada de forma estratégica, é uma valiosa aliada para potencializar o aprendizado dos alunos e prepará-los para os desafios do mundo contemporâneo.

RP – Recentemente, o time do CIPP também esteve presente na Bett Educar, a maior feira nacional sobre educação e tecnologia educacional. Como foi essa experiência e como ela deve contribuir para o Positivo?

Lucas Souza (LS) – A Bett, o maior evento edtech (Tecnologia Educacional) da América Latina, é um importante termômetro sobre as principais e mais relevantes práticas da atualidade. Além de proporcionar um networking com as principais empresas do setor da Educação, traz oficinas e debates com assuntos atuais ministrados por profissionais relevantes no cenário educacional. O foco em 2023 foi inteligência artificial e saúde mental de crianças e adolescentes.

O CIPP visitou estandes alinhados às necessidades do Grupo Positivo. Ao término da feira, coletamos informações de mais de 65 soluções, em aproximadamente 25 categorias, relacionadas desde a inteligência artificial até a soluções voltadas à inclusão e ao desenvolvimento socioemocional. Neste semestre, pilotaremos algumas das soluções que mais aderiram ao nosso currículo, nas áreas de Inteligência Artificial, Edição de Vídeos, Formação de Professores e Aprendizagem Personalizada, reforçando a importância da busca constante por impulsionar ainda mais o desenvolvimento de nossos estudantes.

RP – Um questionamento que sempre trazemos em nosso dia a dia é: o que podemos aguardar do professor do futuro frente a tantas mudanças e de que forma esses profissionais podem se preparar para esse novo cenário?

Marilda de Souza (MS) – Com o avanço tecnológico, as mudanças sociais se aceleram, alcançando um número maior de pessoas em menos tempo. Assim como o comportamento social muda, mudam também os recursos e as formas de conduta dentro e fora de sala de aula. Não significa que os alunos do século XXI sejam mais inteligentes, mas eles demandam habilidades distintas das que eram necessárias no passado. Então, como o desenvolvimento cognitivo dos estudantes vai mudando com o tempo, o desenvolvimento e a conduta do professor do presente certamente são diferentes daqueles que guiarão o professor do futuro.

O desafio é romper com o modelo de formação estática, adotando uma postura reflexiva e de pesquisa contínua. Nossos colégios apoiam o desenvolvimento constante, com cursos, formações e trocas de experiências. Exemplo disso foi a participação no PED Brasil – Programa de Especialização Docente para professores do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, com foco em metodologias ativas e no ensino de Matemática e Ciências Naturais (STEM). Profissionais da Educação precisam contar com comunidades ou redes de aprendizagem para compartilhar experiências e resultados, e esse desenvolvimento tem que partir de todos os lados: o do próprio profissional e o da instituição.

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