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Guilherme Piazzetta

A mente a favor da transformação pessoal

Guilherme Piazzetta

A mente a favor da transformação pessoal

CRÉDITO: Divulgação

Professor do módulo Liderança Exponencial no Programa de Desenvolvimento de Líderes 2022, Guilherme tem pós-doutorado em Neuroliderança e doutorado, mestrado e especialização em administração e liderança.

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Professor do módulo Liderança Exponencial no Programa de Desenvolvimento de Líderes 2022, Guilherme tem pós-doutorado em Neuroliderança e doutorado, mestrado e especialização em administração e liderança.

A ciência já nos provou que a mente humana é capaz de realizar feitos incríveis. Quando aprendemos a dominá-la e entendê-la em toda sua complexidade, podemos usá-la para alcançar grandes resultados, sejam eles pessoais ou profissionais. A Revista Positivo conversou com Guilherme Piazzetta, que explica o tema a partir de um olhar científico e a partir das suas experiências profissionais.

Revista Positivo (RP) – Você costuma dizer que o pensamento é a coisa mais poderosa que nós temos. E, desse modo, podemos usá-lo ao nosso favor para alcançar o sucesso, seja ele pessoal ou profissional. Qual seria o ponto de partida ideal?

Guilherme Piazzetta (GP) – Todo tipo de resultado que nós temos vem de uma ação. E essa ação, primeiramente, precisa vir de um pensamento que é gerado por uma emoção. A tendência da maioria das pessoas é ter muitas crenças limitantes que bloqueiam os seus pensamentos fortalecedores que vão gerar ações produtivas e resultados efetivos para sua vida. 

A principal função do nosso cérebro é justamente sobrevivência e, para isso, ele precisa economizar energia. Toda vez que nós precisamos sair da nossa zona de conforto nós gastamos energia cerebral. Como “ele não quer” que gastemos energia, ele nos “joga” essas crenças limitantes. Uma frase muito comum que ouvimos das pessoas é “eu não nasci para isso” ou “é difícil, não consigo”. Acontece que tudo na vida é difícil até que se torne fácil.  

O primeiro passo é que as pessoas tragam essas crenças à consciência. E uma das formas de mapear essas crenças é fazendo uma pergunta bem direta: qual teu maior sonho na vida ou qual tua maior dor que você gostaria de eliminar? Em seguida, pergunte-se o que te impede de alcançar esse sonho ou eliminar essa dor. 

Provavelmente, a resposta será uma crença limitante, que não tem uma evidência concreta, mas te paralisa. Uma vez identificada, o segundo passo é buscar mecanismos para neutralizar essas crenças. Dificilmente a pessoa consegue sozinha, talvez seja necessária a ajuda de um profissional.

RP – Em síntese, dá-se o nome de Inteligência emocional ao conjunto de competências relacionadas a lidar com emoções. Considerando que nossas experiências de vida são, sobretudo, emocionais, teria alguma dica de como lidar com frustrações, expectativas e ansiedade de maneira inteligente sem comprometer nossos planos?

GP – Podemos dizer que uma pessoa tem um alto nível de inteligência emocional quando ela domina 4 pilares: consciência de si mesmo, gestão pessoal, consciência social e gestão de relacionamentos. O primeiro passo para ser uma pessoa melhor do que se é hoje é ter consciência de si mesmo, ou seja, entender quais são os comportamentos e atitudes que me sabotam, quais me beneficiam, como neutralizo esses comportamentos. Depois, é preciso fazer a gestão desses comportamentos; um plano de mudança comportamental. Como vivemos em sociedade, não basta apenas eu lidar com os meus comportamentos, é preciso saber como o outro funciona para aí sim trabalhar no quarto pilar que é a gestão dos relacionamentos: trabalhar meus comportamentos e atitudes alinhados aos das pessoas que me envolvem, seja dentro ou fora do ambiente profissional.

Com relação a frustração e ansiedade, a PNN ela diz que a frustração é a expectativa mal dimensionada. Como que eu neutralizo a frustração? Mapeando vários cenários de possibilidades e preparando minhas emoções para esses resultados. Já a ansiedade, é uma disfunção emocional e é preciso avaliar o grau dessa ansiedade. Quando falamos de níveis mais leves, nada mais é que um excesso de pensamentos no futuro. Isso pode ser desencadeado por inúmeros fatores. Podemos dizer que uma mente ocupada dificilmente entra em níveis moderados ou altos de ansiedade. Adapte o modelo mental para viver mais o presente.

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Em casos de níveis críticos, procure um profissional especializado.

RP – O feedback é uma importante ferramenta para auxiliar no crescimento profissional. Apesar disso, muitas pessoas ainda têm certo receio de lidar com esse momento. Tanto para quem oferece quanto para quem o recebe, como se preparar mentalmente para essa situação?

GP – Esse é um dos temas mais polêmicos e debatidos no meio corporativo, sobretudo quando falamos de liderança. Dificilmente você vai encontrar alguém que se preparou, que teve aulas de liderança na faculdade. Na cultura acadêmica brasileira não temos disciplinas voltadas para esses pontos de comunicação, relacionamento interpessoal, inteligência emocional. E nesse contexto, o feedback tem uma questão interessante: são dois polos, tem uma dualidade. Então, é importante dar o feedback e também saber ouvir de uma forma construtiva.  

Existem muitas técnicas de liderança e estudos científicos. Uma delas, por exemplo, é a Comunicação Não Violenta, que é muito efetiva. Um dos modelos que eu gosto muito é aquele baseado nas emoções, ou seja, o nosso cérebro trabalha muito melhor com emoções positivas nos polos. Exemplo, quando vou conversar com alguém sobre um assunto crítico, a emoção com a qual eu começo a conversa vai determinar se a outra pessoa vai estar receptiva para receber o ponto crítico no meio do diálogo.

RP – Como é possível trabalhar a mente para obter melhores resultados diante de tantas informações que recebemos diariamente? Nem sempre é simples separar o que pode ser proveitoso daquilo que não nos agrega, mas ao mesmo tempo nos dá um prazer imediato. Existe um equilíbrio perfeito?

GP – Aqui, estamos falando de foco e propósito. Realmente, o cérebro está sendo bombardeado constantemente por muitas informações. Geralmente as pessoas se perdem e têm dificuldade em gerar ações produtivas, principalmente por ter o foco distorcido e propósito não definido. Todo tipo de informação ou oportunidade que me chega no dia a dia eu me faço a seguinte pergunta: isso me aproxima do meu objetivo ou me afasta? Se aproxima, leve em consideração. Se afasta, é irrelevante. Por isso, tenha muito bem definido seu propósito e o seu foco diário, como pessoa, como empresa, como departamento. 

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Prepare o seu dia. Se você define quais tarefas não pode terminar no fim do dia sem realizar, é muito mais fácil começar o dia focando nas principais atividades. Tem uma definição lúdica que gosto bastante sobre visão é a seguinte: é uma imagem do futuro que me gera paixão no presente. Um quadro, uma figura que desejo conquistar, que eu não tenho ainda, mas que hoje, mesmo com todas as minhas limitações já me gera paixão.

RP – Sabemos que nem tudo no processo de crescimento e aprendizado é totalmente prazeroso. Para se alcançar um objetivo maior, é preciso seguir motivado e encontrar pequenos estímulos nesse percurso. Conseguiria nos dar um exemplo de como isso se dá na prática?

GA – Essa pergunta é super pertinente. Costumo dizer que normalmente as pessoas que alcançam mais resultados são as pessoas que fazem o que a maioria das pessoas não gostam de fazer, dentro dos seus próprios objetivos. Quando eu consigo definir dentro de uma forma privada, dos meus valores e princípios, que o preço que eu vou ter que pagar vale o prêmio que eu vou atingir no final eu consigo ter uma motivação diária para pagar esse preço. E eu consigo, inclusive, gostar do caminho. 

Determine seu propósito e entenda que o prazer também pode estar no caminho. O treino já é parte da vitória.

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