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Ponto de Vista

Sonhar alto tem suas recompensas

Por Mario Henrique Harasi, diretor industrial da Posigraf

Nasci no bairro da Mooca, considerado na época polo industrial de São Paulo. Sou neto de imigrantes, com descendência alemã por parte de mãe e polonesa e austríaca por parte de pai.

Morávamos na casa dos meus avós paternos, mas do dia para noite tudo mudou. A empresa que meu avô mantinha não estava mais prosperando devido à crise de 1964 e, quando eu tinha 6 anos de idade, viemos a Curitiba. Tive uma infância marcada por muita rigidez e foco nos estudos, mas cercada de pessoas que foram referências determinantes para eu dar os próximos passos na minha vida. Sendo o mais velho de três filhos, sempre fui muito exigido. A educadora e responsável pela formação em casa foi nossa mãe, sempre preocupada com o futuro e segurança de todos.

Para mim, meus avós foram exemplos de trabalho duro, persistência e força de vontade: construíram a sua vida do zero, em um país desconhecido. E, quando surgiu a crise novamente, me vi observando a família passar por uma mudança grande de comportamentos e prioridades e, basicamente, se reconstruir. Meu avô é a minha grande inspiração. Ele começou a vida profissional como técnico até se tornar dono de indústrias em São Paulo. Ele me despertou a curiosidade e o carinho pela área industrial (pela qual fiz uma escolha determinante quando comecei a dar os primeiros passos na minha carreira). Mas a característica mais latente em meu avô é a força para enfrentar desafios e situações delicadas sem perder a resiliência. Acredito que essa seja a maior herança que recebi dele e que carrego na minha essência até hoje.

Fato curioso é que o meu pai queria muito que eu fosse médico, mas, no dia da inscrição para o vestibular da UFPR, acabei optando por Engenharia. Obviamente essa minha ousadia gerou um certo descontentamento em meu pai, mas com o passar do tempo as coisas se ajeitaram.

O Positivo entrou na minha vida na época da adolescência, e foi ali que a minha história começou a mudar de rumo. Minha mãe trabalhava naquela que seria a primeira equipe de funcionários do Grupo Positivo. E por essa porta, tive a oportunidade de receber o incentivo para estudar no preparatório mais famoso de Curitiba. Imagine, o primogênito da família, que sempre estudou em colégio público, passou a se preparar para o vestibular no Positivo!  Tive a minha primeira oportunidade profissional: um emprego como office-boy para o professor Renato, sócio fundador do Positivo. Depois, fui transferido para começar a minha trilha de conhecimentos na embrionária Posigraf. Além do conhecimento técnico e desenvolvimento profissional, nas idas e vindas, conheci quem se tornaria a minha esposa (ela também trabalhava em uma das empresas do grupo).

Profissionalmente, acompanhei o crescimento da Posigraf como se fosse o meu próprio. Na gráfica, vencemos juntos grandes desafios e fizemos incontáveis entregas. Nunca esquecerei quando recebemos a meta do primeiro milhão (estabelecida a partir da visão do professor Oriovisto) e o quanto trabalhamos e inovamos para esse atingimento. E que satisfação sinto ao lembrar que aquele foi só o primeiro de muitos. Em paralelo ao início da carreira na Posigraf, me casei, tive dois filhos, investi na educação, fiz três anos de Engenharia e interrompi a formação – por outros motivos –, retomei os estudos, me formei em Administração e ainda conquistei a minha Pós-Graduação em Gestão Industrial.

Cada evolução na minha carreira me levou a momentos diferentes. De um início simples, consegui ir além do que eu poderia imaginar, e hoje entendo que isso foi possível porque sempre abracei o desconhecido, sem medo de errar, e continuo acreditando nessa prática. Vivi e vivo cada fase da minha vida da melhor forma, entregando o meu melhor. Este ano completei 48 anos de empresa, o que muito me orgulha, pois cada conquista que obtive, tudo o que construímos e pude experenciar e proporcionar aos meus familiares e pessoas que estimo, são frutos do encontro do Mario Henrique com o Positivo, ao qual sou muito grato.

Fico muito feliz em poder contar esta história. Espero que ela sirva de inspiração para todos e para a minha família, inclusive meus netos, que tanto amo. Para quem está lendo, finalizo dizendo que nunca se limitem. Sonhar pequeno e grande dá o mesmo trabalho, então sonhe alto e viva o momento. A vida é um presente. E, assim, “vamos em frente!”*.

*Bordão utilizado por Mario em sua rotina com a equipe e com outras pessoas.

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