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Ponto de
Vista

Coluna Ponto de Vista traz “Uma vida construída dentro do Positivo”, por Gilciane Baggio Ortolani

Conheça a trajetória de vida da ex-diretora do CEI Maria Amélia

Ponto de
Vista

Coluna Ponto de Vista traz “Uma vida construída dentro do Positivo”, por Gilciane Baggio Ortolani

Conheça a trajetória de vida da ex-diretora do CEI Maria Amélia

Falar sobre uma trajetória de vida não é tão difícil, porém escrever sobre esta trajetória é um desafio. Desafio este que resolvi assumir, como tantos outros que surgiram em minha vida, quando me convidaram a relatar um pouco da minha história no Positivo e no CEI – Maria Amélia.

Começo a contar essa história com a data de meu nascimento, dia 12 de outubro de 1964, dia de Nossa Senhora Aparecida (Padroeira do Brasil) e Dia das Crianças. Sempre amei a data do meu aniversário.

Venho de uma família muito simples, mas muito unida. Pois, apesar das dificuldades, o amor sempre pulsou em nossas relações, e esse sentimento tão nobre nos fortalecia a cada dia.

Estudei em escola pública durante o Ensino Fundamental e, quando terminei a então 8ª série, ganhei uma bolsa de estudos Colégio Positivo na Ângelo Sampaio, como atleta de handebol. Ali começava a minha história no Grupo.

Após o término do 2º grau (hoje, Ensino Médio), prestei vestibular na Universidade Federal do Paraná (UFPR) para Licenciatura em Educação Física, pois eu era apaixonada por esportes. Em março de 1982, ingressei na UFPR e, em setembro deste mesmo ano, o professor Eduardo Galeb Júnior (Dule), que era técnico do Colégio Positivo, me convidou para ser sua auxiliar técnica e trabalhar com as categorias de base, as chamadas “escolinhas” de handebol feminino no Positivo Júnior.

Portanto, no 2º semestre do meu 1º ano de faculdade eu estava “estagiando” no Positivo Júnior. Durante todos os anos da faculdade eu mantive a função de técnica desportiva, além de substituir professoras nas aulas de Educação Física quando era necessário. Ali eu me identifiquei no trabalho com os pequenos do Jardim III, que era a pré-escola na época.

Em setembro de 1985 fui contratada, com carteira assinada, para ser professora de Educação Física e mantive a função de técnica desportiva também. Foram anos maravilhosos, de muito aprendizado, de oportunidades para desenvolver novas amizades e fortalecer as que eu já tinha, pois eu transitava pela equipe do esporte e pelas equipes dos professores do “prédio de baixo” e do “prédio de cima” do Positivo Júnior. Anos de ouro para mim, sem dúvida!

Em 1992, recebi o convite do professor Arno Gnoatto para assumir a Coordenação de Educação Física, e foi neste momento que entrei num mundo administrativo/pedagógico bastante desafiador. Assim, percebi a necessidade de me aprofundar em conteúdos administrativos e de gestão, e não voltados ao esporte. Nessa época, eu fazia uma especialização em Fisiologia do Exercício.

Foi então que busquei a especialização em Psicopedagogia e, na sequência, em Gestão Educacional. Além da coordenação, passei pela função de Orientadora Disciplinar do colégio e depois assumi a função de Orientadora Educacional.

Tudo vinha acontecendo na minha vida profissional de forma muito natural, o que me motivava e me permitia enfrentar cada desafio que me era apresentado. Felizmente, em todo este período tive pessoas e profissionais maravilhosos que me orientaram e me apoiaram neste crescimento como pessoa e como profissional.

Em 2009, recebi o convite do professor Cixares Vargas, um dos fundadores do Grupo Positivo, para assumir a direção da nova Associação Maria Amélia, AMA. Que desafio! Quando fui visitar a escola, ela estava em construção, com as paredes levantadas, mas ainda no chão bruto, com tudo por organizar. Então pensei: “Quer desafio melhor do que organizar uma escola do seu jeito, depois de ter aprendido tanto com sua caminhada numa escola de referência, como o Positivo Júnior?”

Com o desfio aceito, fui estudar mais sobre Educação Infantil, fazendo uma especialização na área, na Universidade Positivo. Iniciei em 2010 a organização da AMA, com todo o apoio do professor Cixares, que nunca disse não a um pedido para fazer o melhor para as crianças que viriam estudar nesta escola.

Cada espaço, cada brinquedo e mobiliário que foram comprados, e cada contratação que foi efetivada, foi pensando nas crianças que aqui passariam. Que fossem felizes, além de aprenderem e se divertirem, na Educação Infantil.

Neste mesmo ano de 2010, iniciei como professora de uma disciplina no curso de Pedagogia na Universidade Positivo, e no segundo semestre substituí uma professora na disciplina de estágio. Foram três anos atuando no AMA e com as aulas no curso de Pedagogia. Mas, devido às demandas na escola, solicitei meu desligamento das aulas na Universidade. Foi uma experiência diferente e muito boa trabalhar com universitários, mas sempre tive certeza de que minha paixão na educação eram os pequenos.

Em 2018, a AMA passou a fazer parte do Grupo Positivo, com o término da Associação Maria Amélia, que passou a se chamar Centro de Educação Infantil (CEI) Maria Amélia. Desde então, a AMA que tem uma equipe de profissionais, professoras e administrativa fantástica, que me orgulha muito.

Segue com a administração do Instituto Positivo, sob a direção da Eliziane Gorniak, que é uma referência como profissional e pessoa para mim e para toda a equipe da AMA. Temos também o apoio na parte pedagógica do professor Celso Hartmann, diretor executivo dos Colégios do Grupo Positivo, por meio da equipe do Centro de Inovação e Pesquisa Positivo (CIPP), que nos auxilia com toda a sua competência, condução e orientação pedagógica. Por fim, o Aprende Brasil Educação, que faz a doação de todo material didático que utilizamos com as nossas crianças, além de uma assessoria pedagógica de extrema qualidade.

Relatada a minha caminhada e relação com o Grupo Positivo, preciso comentar meus aprendizados nesta trajetória, pois sempre fui uma pessoa muito tímida, o que para alguns é perceptível, mas para outros é surpresa.Nunca gostei de exposições, mas sempre amei trabalhar coletivamente. Era um desafio quando eu tinha que me posicionar diante do grupo.

Sem dúvidas, o esporte me ajudou muito neste aspecto. Porém, quando assumi as funções profissionais no Positivo Júnior e depois no Maria Amélia, essa exposição era necessária. E como aprendi e me superei em muitos momentos…

Minha vida foi construída dentro do Positivo. Casei e tive dois lindos filhos que foram alunos e atletas do Positivo desde o Jardim III até o “terceirão”, no Ensino Médio.

Por que deu tudo tão certo? Porque os valores humanos que meus pais, em suas simplicidades, buscaram desenvolver em seus três filhos, correspondiam aos valores que eu percebia dentro do Positivo.

Naquele início de caminhada em 1982, os pilares SABER, ÉTICA, TRABALHO E PROGRESSO não eram apresentados nas revistas, em sites ou mesmo citados em reuniões, mas já eram vivenciados pelos colaboradores do Grupo Positivo. E estavam presentes em cada ação e em cada relação profissional que se estabelecia.

Os exemplos dos profissionais e o incentivo que nos davam, nos mostravam que precisávamos estudar para procurar melhorar nossa prática, que precisávamos ser honestos, éticos e responsáveis para melhorar nossas relações interpessoais. Que precisávamos nos dedicar e entender que realizar um bom trabalho nos traz orgulho, e sermos produtivos nos fortalece como cidadãos e, por fim, que fazemos parte de uma sociedade que precisa sempre progredir com o objetivo de se tornar melhor.

Como não amar trabalhar em um lugar assim?

Acredito que se a nossa vida estiver baseada em valores humanos, as oportunidades sempre surgirão. Basta estarmos atentos e nos dedicarmos com muita entrega, respeito, resiliência e profissionalismo que o resultado, sem dúvida nenhuma, será positivo, como foi minha trajetória no Grupo, até aqui.

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